A Polícia Civil do Distrito Federal iniciou uma nova etapa da Operação Bellevue nesta terça-feira (11), para combater um grupo criminoso que aplicava fraudes fiscais e lavagem de dinheiro em uma empresa de plano de saúde no Distrito Federal.
A ação é conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária, vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado, e incluiu nove mandados de busca e apreensão em áreas como Lago Sul, Jardim Botânico e Noroeste, além do bloqueio de bens e valores bancários.
Esquema de fraude e lavagem de dinheiro
A primeira fase da operação, realizada em julho de 2024, revelou uma fraude fiscal que durava desde 2019, causando um prejuízo ao governo do Distrito Federal superior a R$ 26 milhões.
As investigações apontam que os suspeitos criaram diversas empresas de fachada nos setores de home care, contabilidade, assessoria e clínicas médicas, registradas em nomes de laranjas, para movimentar e dividir grandes somas de dinheiro de origem ilícita, dificultando a identificação dos verdadeiros beneficiários.
Foi descoberta também uma empresa fantasma, sem endereço físico ou atividade econômica real, que movimentou mais de R$ 8 milhões em suas contas.
Além disso, empresas de corretagem de seguros e serviços de informações cadastrais foram usadas para misturar dinheiro ilícito com receitas legais, tentando esconder a origem dos valores.
Investigação e possíveis punições
O objetivo da operação é reunir provas, identificar o papel de cada investigado e recuperar os valores desviados, garantindo o ressarcimento ao erário público.
Os suspeitos respondem por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Se condenados, podem cumprir até 21 anos de prisão.
