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terça-feira, 26/11/2024
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Polícia do DF prende empresários suspeitos de uso de documentos falsos para apropriação de fazendas de até R$ 15 milhões

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Operação da Polícia Civil do DF cumpre sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão. Segundo investigação, quadrilha atuou entre 2014 e 2020.

Policial conduz um dos presos na operação Looping 2, da Polícia Civil do DF — Foto: TV Globo/Reprodução

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, nesta terça-feira (21), uma operação contra um grupo suspeito de fraudar documentos para se apropriar de fazendas no Entorno do DF. Os agentes cumprem sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do DF.

Entre os detidos estão empresários, o chefe de um escritório de advocacia e um servidor federal, que também atua como tabelião. Todos são suspeitos de participação no esquema. Segundo as investigações, a quadrilha atuou entre 2014 e 2020.

A polícia afirma que os documentos eram falsificados e usados em cartórios. Uma das fazendas apropriadas ilegalmente é avaliada em R$ 15 milhões. Os mandados foram cumpridos em:

  • Lago Sul (DF);
  • Vicente Pires (DF);
  • Águas Claras (DF);
  • Setor de Indústrias Gráficas (SIG) (DF);
  • Guará (DF);
  • Gama (DF);
  • Goiânia (GO);
  • Padre Bernardo (GO);
  • Mimoso (GO);
  • Águas Lindas de Goiás (GO).

Durante o cumprimento das ordens, as equipes apreenderam aparelhos celulares, dispositivos eletrônicos, documentos diversos e R$ 35 mil em espécie.

Esquema e investigação

 

Policial carrega materiais apreendidos na operação Looping 2, da Polícia Civil do DF — Foto: TV Globo/Reprodução

Policial carrega materiais apreendidos na operação Looping 2, da Polícia Civil do DF — Foto: TV Globo/Reprodução

A operação ganhou o nome de Looping 2 e, segundo a Polícia Civil, as investigações começaram em 2021, logo após a realização da operação Looping pela Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e Fraudes (Corf).

Os investigadores afirmam que a primeira etapa apurou que um grupo criminoso, composto por empresários, um advogado e um antigo tabelião de um cartório de Limeira (MG), havia falsificado documentos, dentre eles uma certidão da Terracap, e invadido uma grande área pública, que foi dada como garantia de um empréstimo.

Segundo a polícia, a partir de então, os investigadores descobriram que esse mesmo tabelião, que foi afastado por irregularidades em 2015, tinha produzido outra procuração falsa.

O documento forjado foi usado em 2016, em um cartório do DF, para transferir uma fazenda localizada em Mimoso (GO) para um empresário. O imóvel fazia parte de um espólio e estava avaliado em cerca de R$ 10 milhões.

Ainda de acordo com os investigadores, o mesmo grupo lavrou uma terceira procuração, com uso de documentos falsos, em Dom Bosco (MG). O objetivo era lavrar escritura de compra e venda falsa de uma terceira fazenda, também localizada em Mimoso.

A propriedade é avaliada em R$ 15 milhões. A polícia afirma que os criminosos se aproveitaram do fato de os verdadeiros proprietários do imóvel serem idosos em grave estado de saúde.

Segundo a corporação, os suspeitos vão responder pelos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documentos, uso de documentos falsos, esbulho possessório e associação criminosa.

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