Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos, em Taguatinga e Águas Claras. De acordo com investigação, criminosos enviavam links maliciosos por mensagem de texto e enganavam vítimas.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta quinta-feira (8), a operação “Deep Fake”, para combater um grupo suspeito de invadir contas bancárias de vítimas, pela internet, e roubar R$ 338.244,34, por meio de transações fraudulentas.
Os agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão, em Taguatinga e Águas Claras. Segundo a Polícia Civil, as vítimas são do DF e de outros estados.
De acordo com a investigação, desde abril deste ano, o grupo enviava links com programas maliciosos para capturar dados sensíveis de correntistas e fazer as transações fraudulentas. O envio dos links ocorria por meio de mensagens de texto.
A polícia afirma que os criminosos usaram inteligência artificial para alterar os cadastros de diversos clientes dos bancos e cometer os crimes.
Segundo os investigadores, os valores obtidos ilegalmente foram distribuídos para diversas empresas que atuam especialmente no ramo de alimentos e de distribuição de bebidas, sediadas no DF e em outros estados, para lavagem de dinheiro.
Ao todo, a polícia acredita que o grupo chegou a movimentar mais de R$ 8 milhões em atividades suspeitas. Segundo a corporação, “há indícios de que o grupo cometeu os mesmos delitos contra muitas outras vítimas”.
As investigações foram comandadas pela Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e Fraudes (Corf). A apuração continua e, se condenados, os criminosos podem pegar mais de 20 anos de reclusão pelos crimes de associação criminosa, estelionato virtual e lavagem de dinheiro.