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quarta-feira, 03/12/2025

Polícia desmonta esquema de fraude em emplacamento e apreende carros de luxo

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A Delegacia de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Distrito Federal realizou a Operação Código Fantasma, que teve como objetivo desmantelar um grupo criminoso que cometia fraudes no sistema de registro de veículos. A investigação começou após o Detran/DF identificar irregularidades no cadastro inicial de veículos pesados.

O grupo usava credenciais falsas obtidas por meio de invasão a dispositivos eletrônicos para acessar o sistema do Detran e registrar veículos com documentos falsificados ou inexistentes. A ação criminosa era complexa, envolvendo análise de rastros digitais, uso de ferramentas para ocultar a identidade nas conexões e cruzamento de informações em várias bases de dados. O nome da operação se refere aos registros falsos criados de modo ilegal no sistema oficial.

Os criminosos enganavam os sistemas de segurança, cadastrando veículos sem pagar as taxas necessárias e sem as vistorias obrigatórias. Para dificultar a identificação, utilizavam redes privadas virtuais (VPNs) para esconder a origem das conexões e transferiam veículos para outros estados. Empresas fictícias e lojas de carros serviam para dar aparência legal à fraude. Parte do dinheiro arrecadado era convertida em criptomoedas, configurando lavagem de dinheiro e complicando a investigação financeira.

O Detran/DF apoiou com informações técnicas que ajudaram a identificar os envolvidos e aprimorar os controles internos.

Com autorizações judiciais, equipes da delegacia cumpriram mandados em uma casa de alto padrão em Fernandópolis, São Paulo, onde foram encontrados os três investigados. Foram apreendidos veículos de luxo e equipamentos eletrônicos, que irão passar por perícia para coleta de provas digitais. Também foram bloqueadas as contas bancárias dos suspeitos para garantir ressarcimento.

Os três investigados moram no interior de São Paulo e têm vínculo familiar. Eles responderão por invasão de dispositivos, associação criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 17 anos de prisão e multa. O grupo tinha funções divididas, incluindo ataques técnicos aos sistemas, suporte digital e operação das empresas usadas para legitimar os registros irregulares.

A investigação segue para identificar novos envolvidos, contabilizar todas as fraudes realizadas e analisar as criptomoedas e materiais apreendidos.

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