Nos dias 7 e 8 de julho, o Batalhão de Policiamento com Cães da Polícia Militar do Distrito Federal (BPCães/PMDF) recebeu a visita de policiais militares do Rio de Janeiro, que fazem parte do 32º Curso de Ações com Cães para Emprego Policial (CACEP) do Batalhão de Ações com Cães (BAC/PMERJ). O objetivo foi trocar experiências, aprender novas técnicas e fortalecer a segurança pública com o uso de cães treinados para patrulhas, buscas e detecção de drogas e objetos ilícitos.
Os visitantes fazem parte de um grupo seleto do curso CACEP, conhecido por ser um dos mais rigorosos da corporação do Rio. Dos 42 policiais que começaram, apenas 11 continuam no curso, mostrando que a formação é para profissionais altamente preparados. Capitão Martires, instrutor do BAC/PMERJ, explica que o curso é exigente e voltado para operações reais, com duração de três meses.
Antes de chegar ao Distrito Federal, os alunos participaram de treinamentos em Minas Gerais com a Ronda Ostensiva com Cães (ROOCA) da PMMG. Em Brasília, os policiais do Rio foram recebidos no canil do BPCães e assistiram a demonstrações práticas, incluindo busca e captura de criminosos e simulações de detecção de drogas e explosivos, com destaque para o cão Booster.
Capitão Martires destaca que o intercâmbio entre o PMDF e a PMERJ existe desde 2014 e é fundamental para enfrentar o aumento do crime em grandes cidades. O intercâmbio é uma via de mão dupla, em que ambos os grupos aprendem e ensinam, melhorando a formação policial.
Integração que fortalece
Para o sargento Israel, do BPCães/PMDF, iniciativas como essa são essenciais para aperfeiçoar o combate ao crime no país. Ele destaca que os policiais do BPCães já visitaram outras corporações em busca de novos conhecimentos e técnicas. Compartilhar experiências é importante para preparar melhor as equipes, pois cada região tem seus próprios desafios.
A troca de experiências entre PMERJ e PMDF vai além dos treinos com cães, incluindo gestão, tecnologia, policiamento tático, atuação em comunidades, controle de distúrbios civis e segurança em grandes eventos. O objetivo é reforçar a capacidade das forças policiais diante dos desafios do crime urbano.
Capitão Martires explica que os cães são usados em varreduras, patrulhas, busca de criminosos e controle de multidões. A principal atividade é a patrulha com cães em comunidades, que exige muita precisão, rapidez e instinto.
Treinamento com a elite da Polícia Federal
O curso em Brasília segue até sexta-feira, com treinamentos no Comando de Operações Táticas (COT) da Polícia Federal. O COT é a tropa de elite da PF, responsável por missões de alto risco, como resgate de reféns, combate ao terrorismo e operações contra o crime organizado.
O intercâmbio entre as polícias busca melhorar o combate à criminalidade em grandes centros, compartilhando conhecimentos e práticas entre as corporações. A necessidade disso é justificada pelo aumento da criminalidade urbana, exigindo atuação especializada das polícias contra o crime organizado.
Capitão Martires destaca que mesmo que as realidades das comunidades do Rio e do Distrito Federal sejam diferentes, unindo forças, todos saem ganhando, principalmente a população.