23.6 C
Brasília
quarta-feira, 13/08/2025

Plano verde pode aumentar o PIB em até 27% até 2030

Brasília
céu limpo
23.6 ° C
25.9 °
23.5 °
50 %
5.1kmh
0 %
qua
28 °
qui
30 °
sex
30 °
sáb
29 °
dom
29 °

Em Brasília

Um estudo divulgado pelo Ministério da Fazenda nesta terça-feira (12/8) aponta que os efeitos do Plano de Transformação Ecológica (PTE) sobre a economia serão mais evidentes no longo prazo, com maiores impactos entre 10 e 15 anos após sua adoção.

O PTE, lançado em 2023, é uma iniciativa governamental para criar políticas públicas que promovam o desenvolvimento do país e da sociedade em diversos setores.

Sobre o Produto Interno Bruto (PIB), o estudo apresenta três cenários:

  • Curto prazo (2025-2030): o crescimento médio do PIB pode subir de 2,38% (cenário base intermediário) para até 3,02% com o PTE (+27%). No cenário pessimista, a alta vai de 1,19% para 1,83% (+53%).
  • Médio prazo (2025-2040): o crescimento médio passa de 2,10% (base) para até 2,38% (+13%). No cenário pessimista, há aumento de 0,95% para 1,21% (+27%).
  • Longo prazo (2025-2050): o crescimento médio sobe de 2,05% para até 2,21% (+8%). No cenário pessimista, o avanço é de 0,86% para 1,01% (+17%).

Desigualdade e geração de empregos

O estudo mostra que, nos primeiros anos de implementação do PTE, houve aumento no nível de emprego. Com a implementação total, estima-se a criação de 2 milhões de novos postos de trabalho, independentemente do cenário considerado. Ítalo Pedrosa, professor responsável pelo estudo, destaca que “tornar a economia brasileira mais sustentável não significa perda significativa de vagas em setores importantes, como as indústrias ligadas ao petróleo”. Ele comenta que “a capacidade de disseminação de empregos na sociedade é ampla”.

Sobre a desigualdade, a pesquisa indica um declínio na desigualdade de renda em todos os cenários analisados, especialmente quando as políticas do plano forem totalmente realizadas. Nenhum cenário aponta aumento da desigualdade com a implementação do PTE.

Redução das emissões e preservação ambiental

A implementação completa do plano acelera a redução das emissões de gases poluentes, incluindo a eliminação do desmatamento. Além disso, o setor agropecuário passa a atuar como um absorvedor líquido de CO2, compensando as emissões remanescentes da indústria e da geração de eletricidade. Isso depende principalmente do aumento da produtividade da terra e de políticas eficazes de comando e controle.

O estudo também destaca que as medidas do plano não apenas contribuem para a descarbonização, mas também ajudam a preservar a biodiversidade do Brasil.

Este levantamento foi realizado por meio de uma parceria entre o Ministério da Fazenda e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foram avaliados nove cenários que consideram as condições políticas e econômicas mais otimistas e pessimistas. Este é o primeiro estágio do estudo, que será aperfeiçoado posteriormente, incluindo novas variáveis e melhorias metodológicas.

Para o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, é possível rever os incentivos econômicos mesmo em tempos de restrição fiscal. Segundo ele, limitações políticas ou econômicas não devem impedir a implementação do plano.

Objetivos e eixos do Plano de Transformação Ecológica

O plano busca alcançar três metas principais: gerar empregos qualificados e tecnologias, promover a sustentabilidade ambiental e assegurar uma distribuição justa de renda e uma transição equitativa.

Essas metas são estruturadas em oito áreas principais:

  • Finanças Verdes
  • Fortalecimento Tecnológico
  • Bioeconomia
  • Mudança para Energia Limpa
  • Economia Circular
  • Nova Infraestrutura Sustentável

Veja Também