A equipe de Doria já estuda uma espécie de plano B, caso a proposta de transferência de ativos em parceria com o governo federal não avance. Neste caso, o modelo é velho conhecido do mercado: a securitização da dívida ativa, operação financeira que transforma créditos tributários recebíveis em títulos lastreáveis e negociáveis no mercado entre instituições financeiras, permitindo ao poder público fazer a antecipação dos valores devidos.
Segundo Anderson Pomini, se esta for a solução para ampliar a capacidade de investimento municipal, a Prefeitura deverá criar um fundo especial para comportar essa arrecadação.
O futuro secretário de Negócios Jurídicos explica que os títulos a serem emitidos também poderão ser usados para amortizar ou mesmo quitar a dívida do Município com a União, mas, novamente, desde que o Senado aprove o negócio. Ambas as opções, na avaliação do cientista político Marco Antonio Teixeira, da FGV-SP, são válidas na tentativa de ampliar os investimentos na cidade. “Pode ser uma boa sacada política e, caso dê certo, abrir precedentes para outros municípios e Estados.”