O crescimento na aprovação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), complicou a corrida interna do Partido Liberal pelo Senado nas eleições que virão. Em 2026, o Senado renovará 54 das 81 cadeiras, e cada estado, junto ao Distrito Federal, selecionará dois senadores.
No Rio de Janeiro, a primeira vaga está reservada para Flávio Bolsonaro (PL), filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu principal apoiador no estado.
A segunda cadeira está em aberto entre Cláudio Castro e o líder do PL no Senado, Carlos Portinho. Até outubro, a reeleição de Portinho era dada como certa, inclusive com o apoio de Bolsonaro.
Entretanto, a grande ação do governo de Castro contra o Comando Vermelho elevou sua popularidade, trazendo um novo ânimo a ele e seus apoiadores, que passaram a criticar mais intensamente a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a participar ativamente das articulações no Congresso.
Castro é um dos principais defensores do projeto de lei Antifacção e é contrário ao aumento das atribuições da União na Proposta de Emenda à Constituição sobre Segurança Pública. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também passou a apoiar o nome de Castro.
Sentindo-se possivelmente preterido pela candidatura de Castro, Portinho já manifestou a possibilidade de sair do PL para disputar a vaga ao Senado. Ele mantém diálogo com os partidos Republicanos e Novo, ambos mostrando interesse em apoiá-lo para o Senado.
Portinho assumiu o cargo em 2020 após a morte por covid do ex-senador Arolde de Oliveira (PSD) e está em seu primeiro mandato. Durante o governo Bolsonaro, liderou o PL no Senado e também foi líder do governo.