Brasília, 10 – O diretor de Administração do Banco Central, Rodrigo Alves Teixeira, explicou hoje que os ataques cibernéticos recentes a bancos aconteceram por falhas de segurança das próprias instituições e dos Provedores de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTIs), e não por problemas no sistema do Banco Central.
“Não houve falhas nos sistemas do Banco Central. As falhas ocorreram nas instituições e em muitos casos nos PSTIs”, afirmou Teixeira, destacando que duas grandes falhas recentes foram em PSTIs.
Ele disse que, com essa visão, o BC tem reforçado a regulação sobre PSTIs e participantes do Pix. “O Banco Central endureceu as regras e intensificou a fiscalização para garantir a segurança de todos os envolvidos.”
Durante palestra no Festival Curicaca 2025, em Brasília, Teixeira afirmou que a infraestrutura do Pix foi desde o início planejada para ser muito segura e tem mostrado essa segurança na prática.
O Pix é um exemplo de inovação que atingiu os brasileiros e trouxe melhorias ao Sistema Financeiro Nacional, especialmente pelo uso intenso entre empresas.
Teixeira também mencionou outras inovações digitais do BC, como o Open Finance e o Drex, e destacou que o Drex deve começar a operar em 2026.
Críticas dos EUA
O diretor rebateu críticas dos Estados Unidos ao Pix, dizendo que é falso que o Pix foi criado para competir ou substituir o setor privado. “Pelo contrário, o Pix estimula o setor privado a inovar usando essa infraestrutura pública”, explicou.
Ele destacou que o Banco Central cria uma base tecnológica e regulações para que o setor privado desenvolva novas soluções. “O BC constrói pontes para que o setor privado utilize a infraestrutura e inove.”
Estadão Conteúdo