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quinta-feira, 19/06/2025




Picos de pedidos de pizza indicam tensões no Pentágono?

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Nas horas que antecederam os primeiros ataques aéreos de Israel contra o Irã, em 13 de junho, houve sinais sutis indicando uma possível operação militar. Um desses sinais foi um aumento intenso nos pedidos de pizza nas imediações do Pentágono.

Essa conclusão foi apresentada pelo Pentagon Pizza Report, uma conta viral na plataforma X que analisa dados do Google sobre a demanda por pizza na região do quartel-general da Defesa dos EUA, na Virgínia.

O perfil se define como um “monitoramento de código aberto da atividade de pizzarias no Pentágono e arredores”, criando o que chama de “índice pizza”. A ideia é que, diante de um evento geopolítico importante, os oficiais alongam suas jornadas e recorrem à comida por delivery, especialmente pizza.

Às 18h59 do dia 12 de junho (horário do leste dos EUA), pouco antes da ofensiva israelense, “quase todas as pizzarias próximas ao Pentágono tiveram um enorme aumento de pedidos”, conforme divulgado na conta.

Às 23h55, quando a maioria dos restaurantes já estava fechada, um estabelecimento aberto até meia-noite registrou outro aumento súbito na demanda, ficando mais movimentado que o habitual.

Além da pizza, o relatório observou que um bar gay próximo ao Pentágono teve pouquíssimo movimento para uma quinta-feira à noite, sugerindo que a maior parte das pessoas estava ocupada em outras atividades no Pentágono.

Padrões no consumo durante crises

Funcionários do Pentágono, do Departamento de Estado e da Casa Branca tendem a ficar até tarde no escritório em grandes eventos internacionais envolvendo os EUA, o que eleva os pedidos de comida em Washington e região.

Apesar de não ser uma análise científica, o “índice pizza” já foi mencionado pelo site The Takeout, que destacou o aumento da demanda em pizzarias próximas ao Pentágono em momentos de conflito, como o ataque com mísseis de Israel ao Irã em 2024.

Historicamente, as entregas de pizza para o Pentágono dobraram pouco antes da invasão americana ao Panamá em dezembro de 1989, e voltaram a subir antes da Operação Tempestade no Deserto contra o Iraque em 1991.

O governo dos EUA nega envolvimento nos ataques recentes, mas confirmou que tinha conhecimento das intenções de Israel. O presidente Donald Trump afirmou ao Wall Street Journal que estava plenamente ciente da campanha de bombardeios, que Israel considera necessária para deter o programa nuclear iraniano: “Temos total consciência do que está acontecendo.”

Indícios antes do conflito

Para a população geral, o aumento no consumo de pizzas não foi o único sinal de uma iminente crise.

Washington havia anunciado a transferência de alguns diplomatas e suas famílias para fora do Oriente Médio na quarta-feira anterior.

E pouco antes do início dos ataques de Israel ao Irã, o embaixador dos EUA em Jerusalém, Mike Huckabee, publicou uma mensagem reveladora na plataforma X: “Aqui na embaixada em Jerusalém, acompanhamos atentamente a situação. Estaremos aqui a noite toda. ‘Orem pela paz de Jerusalém!’”




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