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quinta-feira, 25/12/2025

PGR solicita parada na acareação entre Master, BRB e diretor do BC

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a interrupção da acareação ordenada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), no processo envolvendo o Banco Master. A acareação estava marcada para ocorrer na próxima terça-feira (30/12), entre o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos.

Este procedimento é mantido em sigilo, mas a confirmação do pedido de suspensão pela PGR foi obtida por meio do Metrópoles. O pedido foi feito poucas horas depois da decisão do ministro Toffoli, anunciada em ofício nesta terça-feira (24/12).

O objetivo da acareação era esclarecer diferenças entre os envolvidos no caso, bem como as situações em que as fraudes investigadas podem ter ocorrido. Ailton de Aquino Santos esteve presente em reuniões com o então presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, Daniel Vorcaro e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Nesses encontros, discutiu-se a transação para a aquisição do Banco Master pelo BRB.

As explicações fornecidas na presença do diretor do Banco Central trataram das formalidades e de como seria estruturada a composição do banco, considerando a possibilidade de venda de ativos para outras instituições. Em março deste ano, o BRB anunciou sua intenção de adquirir o controle do Banco Master. No entanto, a operação gerou suspeitas relacionadas ao risco envolvido. Após diversas reuniões, o Banco Central vetou a compra alegando falta de viabilidade econômica e riscos associados.

Apesar da rejeição, o BRB adquiriu carteiras de crédito do Banco Master. A Polícia Federal identificou indícios de uso de manipulação contábil para ocultar irregularidades, apontando fraudes que somam R$ 12,2 bilhões no sistema financeiro.

Em novembro, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, citando suspeitas de emissão de títulos falsificados e risco ao Sistema Financeiro Nacional (SFN), impactando clientes e funcionários.

TCU e Liquidação

No dia 18 de dezembro, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Jhonatan de Jesus, requisitou que o Banco Central se pronunciasse sobre possíveis indícios de pressa na liquidação do Banco Master, controlado pelo empresário Daniel Vorcaro. Essa informação foi divulgada pela coluna Tácio Lorran, do Metrópoles.

A defesa do Banco Master respondeu ao ministro Jhonatan de Jesus afirmando que o Banco Central está tentando obter novos documentos das instalações, bancos de dados e sistemas do Master para fundamentar a decisão rigorosa de liquidação.

Os advogados declararam ainda que não é responsabilidade do Banco Central solicitar ao liquidante a realização de investigações ou a coleta de documentos para apoiar processos da autarquia ou fornecer informações às instâncias judiciais ou de controle.

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