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sábado, 23/08/2025

PGR acusa ex-assessor de Moraes por quebra de sigilo funcional

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Paulo Gonet, procurador-geral da República, apresentou denúncia contra Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por supostos crimes cometidos durante sua atuação no gabinete do magistrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na denúncia, Gonet imputa a Tagliaferro os crimes de violação de sigilo funcional, coação processual, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito.

Eduardo Tagliaferro é suspeito de ter revelado mensagens trocadas entre servidores ligados a Moraes no STF e no TSE, entre maio de 2023 e agosto de 2024, para o jornal Folha de S. Paulo. Em abril, a Polícia Federal já havia indiciado Tagliaferro por violar sigilo funcional, acusando-o de repassar informações protegidas, como petições e diálogos internos relacionados ao ministro.

A denúncia ressalta a gravidade da conduta, pois o vazamento ocorreu durante investigações avançadas na Suprema Corte contra atos antidemocráticos, incluindo a apuração de crimes cometidos por organizações envolvidas em tentativa de golpe de Estado, disseminação de informações falsas e milícias digitais, conforme relato do procurador-geral.

Entre agosto de 2022 e julho de 2023, período em que Tagliaferro atuou como assessor-chefe na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE — durante a presidência de Alexandre de Moraes — ele foi apontado pela Polícia Federal como responsável pelo vazamento, o que nega.

Atualmente, as contas do ex-assessor estão bloqueadas por ordem de Moraes, em meio ao prosseguimento das investigações.

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