A Polícia Federal (PF) informou que Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), esteve envolvido em um esquema que desviou mais de R$ 700 milhões destinados a aposentados e pensionistas.
De acordo com as investigações, Stefanutto começou a receber até R$ 250 mil por mês entre junho de 2023 e setembro de 2024, período em que ocupou a presidência do INSS.
A Polícia Federal afirmou que “ficou claro que, em troca de sua influência, Stefanutto recebia propinas de forma recorrente”. O valor mensal das propinas aumentou consideravelmente para R$ 250.000,00 após ele assumir o comando do INSS. Estes pagamentos vinham diretamente do esquema fraudulento envolvendo a Conafer.
A investigação revelou que Stefanutto usou seu cargo para proteger juridicamente um convênio irregular firmado com a Conafer, mesmo após alertas sobre fraudes e inconformidades.
As propinas eram repassadas disfarçadas como honorários de consultoria por empresas de fachada.
O envolvimento de Stefanutto iniciou em 2017, quando ele atuava como procurador-chefe do INSS, facilitando a assinatura do contrato com a Conafer. O valor recebido como propina aumentou bastante depois que assumiu a presidência do instituto.
Para garantir a continuidade do esquema, ele autorizava a manutenção do convênio e o processamento de cadastros fornecidos pela Conafer, mesmo diante de indicações de irregularidades nos documentos e suspeitas de golpes.
A PF ressaltou que sem o apoio dos principais líderes do INSS, essa fraude que afetou mais de 600 mil pessoas não teria sido possível, gerando múltiplas reclamações legais e administrativas.
