A Polícia Federal cumpriu mandados de busca, apreensão e busca pessoal na Operação Portare, que investiga corrupção e fraudes em contratos do Distrito Sanitário Especial Indígena em Cuiabá. A ação foi realizada em 17 locais em sete cidades diferentes.
Por determinação da 7ª Vara Federal de Mato Grosso, dois servidores foram afastados de suas funções e foram bloqueados R$ 20 milhões. A investigação indica superfaturamento na compra de veículos para o distrito, com suspeitas de favorecimento irregular a uma empresa, acordos prévios entre servidores e empresários e contratação emergencial realizada entre 2023 e 2024.
A Polícia Federal revelou que o prejuízo aos cofres públicos é estimado em R$ 1,3 milhão, incluindo pagamentos indevidos a servidores, que teriam recebido vantagens para favorecer suas próprias empresas em licitações.
Além disso, a PF investiga fraudes em um contrato de licitação homologado em 2025, avaliado em R$ 25 milhões, para serviços de aluguel de veículos. A Operação Portare envolveu 70 agentes da PF e três auditores da Controladoria-Geral da União (CGU), com ações em Cuiabá, Brasília, Rio de Janeiro, Boa Vista, Campo Grande, Várzea Grande e Rondonópolis.