A Polícia Federal (PF) marcou para o dia 12 de dezembro a realização da perícia médica ordenada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para checar o estado de saúde do general Augusto Heleno. O exame inclui a suspeita de Alzheimer e a inspeção das condições do local onde ele está detido, no Comando Militar do Planalto (CMP).
Esta ação foi tomada após o pedido do ministro Alexandre de Moraes para que a PF produzisse um laudo médico no prazo de 15 dias a respeito da saúde do general do Exército, que foi condenado a 21 anos de prisão por envolvimento em uma trama golpista.
O relator das ações sobre o golpe considerou, em 1º de dezembro, que é necessário esclarecer informações contraditórias apresentadas no pedido da defesa para prisão domiciliar, exigindo a confirmação do diagnóstico de demência mista, que inclui Alzheimer e causas vasculares.
Os advogados de Heleno solicitaram a prisão domiciliar devido ao quadro de Alzheimer, pedido que recebeu apoio do procurador-geral da República, Paulo Gonet. No entanto, o relator apontou contradições entre a afirmação do general, ao ser preso, de que o diagnóstico foi feito em 2018, e a defesa que indica ter sido apenas em janeiro deste ano.
A perícia acontecerá no próprio CMP em Brasília (DF), às 9h, e abrangerá avaliação clínica (anamnese), exame físico e vistoria das condições do local de prisão. O general está detido no mesmo complexo, porém em celas diferentes, do ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, também condenado no caso.
Além da perícia conduzida por uma equipe da PF, os investigadores requisitaram no STF a realização de uma entrevista com a esposa do general para melhor entender o grau de dependência dele nas atividades diárias. Esta entrevista pode ocorrer durante a perícia ou em outro local escolhido pela família, que também reside na capital federal. A PF solicitou que a defesa informe a preferência para que o relator seja notificado.

