A Polícia Federal (PF) indicou o senador Weverton (PDT-MA), que atua como vice-líder do governo Lula no Senado, como o beneficiário final de movimentações financeiras relacionadas a um esquema criminoso investigado no contexto das fraudes no INSS, que envolvem descontos indevidos em benefícios previdenciários.
Segundo informações da corporação, o senador recebia recursos desviados por intermédio de seus assessores parlamentares, configurando-se assim como o destinatário último dos valores fraudados.
As investigações também revelaram mensagens trocadas entre Alexandre Caetano, contador ligado às empresas do principal acusado conhecido como Careca do INSS, e o economista Rubens Oliveira Costa, além de arquivos que mencionam explicitamente o nome do grupo ligado ao senador Weverton.
Para a Polícia Federal, o enriquecimento ilícito do principal acusado foi possibilitado por um suporte político envolvendo o vice-líder do governo.
Na última quinta-feira (18/12), Weverton foi alvo de busca e apreensão realizada pela PF. Embora os investigadores tenham solicitado a prisão do parlamentar, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, relator do caso, negou o pedido.
Desdobramentos da operação
As ações foram autorizadas pelo STF e incluem também a investigação de Eric Douglas Martins Fidelis, advogado e filho do ex-diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis, que já foi detido em fases anteriores da operação.
Estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva, além de outras medidas cautelares em sete estados brasileiros, incluindo São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão e ainda no Distrito Federal.
A operação é conduzida conjuntamente pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU).
