A Polícia Federal (PF) realizará nesta quarta-feira, dia 16 de dezembro, uma perícia médica para avaliar se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá passar por um novo procedimento cirúrgico. A análise ocorrerá nas instalações do Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília.
A solicitação da perícia veio após o pedido da defesa de Bolsonaro para uma cirurgia urgente que deveria ocorrer no hospital DF Star. Contudo, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, apontou que os exames apresentados eram desatualizados e determinou a realização de uma perícia médica oficial pela PF.
No último domingo, 14 de dezembro, Bolsonaro fez uma ultrassonografia na Superintendência da PF, onde está detido, em Brasília. Os médicos identificaram a presença de duas hérnias inguinais e recomendaram o procedimento cirúrgico.
Alexandre de Moraes ordenou que os laudos e exames sejam encaminhados para análise dos peritos médicos, que farão a perícia no dia 17 de dezembro de 2025, no Instituto Nacional de Criminalística.
Após receber o resultado da perícia, o ministro decidirá se autoriza a cirurgia para o ex-presidente.
Bolsonaro enfrenta crises de soluço crônicas, consideradas consequências da facada que sofreu em 2018. Desde então, ele se submeteu a vários tratamentos relacionados ao intestino.
O procedimento solicitado inclui o reparo das hérnias inguinais bilaterais e um bloqueio anestésico no nervo frênico, como terapia complementar para controlar os soluços e os problemas intestinais.
Contrariando a defesa, o senador e pré-candidato à Presidência da República, Flávio Bolsonaro (PL), declarou que o estado de saúde do pai está estável. Durante uma visita realizada na segunda-feira, 16 de dezembro, ele não apresentou crises de soluços.
“Ele estava bem hoje, graças a Deus, sem soluços. Estava até mais animado e satisfeito pelo resultado da minha entrevista com o Ratinho ontem,” disse Flávio Bolsonaro.
Jair Bolsonaro está detido na Superintendência da PF em Brasília desde 22 de novembro. Foi condenado pela Primeira Turma do STF a uma pena de 27 anos e três meses de prisão. Antes disso, cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto.
