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quinta-feira, 21/11/2024
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PF deflagra operação contra organização criminosa que planejou matar Lula e Alckmin

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Policiais cumpriram mandados na manhã desta terça-feira, 19; cinco pessoas foram presas

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira, 19, uma operação para desarticular a organização criminosa suspeita de ter planejado um golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito nas eleições de 2022, e restringir a atuação do Poder Judiciário.

Os agentes da PF cumpriram cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas de prisão nos Estados do Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal. O Exército Brasileiro também acompanhou a operação.

Entre as medidas cautelares, estão proibição de manter contato com os demais investigados e de se ausentar do País, com entrega de passaportes no prazo de 24 horas, e a suspensão do exercício de funções públicas.

Segundo a corporação, os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE), os chamados “kids pretos”. De acordo com o Blog da Camila Bomfim, da TV Globo, foram presos:

Quatro militares do Exército ligados às FE:
– o general de brigada Mario Fernandes (na reserva);
– o tenente-coronel Helio Ferreira Lima;
– o major Rodrigo Bezerra Azevedo;
– e o major Rafael Martins de Oliveira.

Um policial federal: Wladimir Matos Soares.

Conforme a emissora, os militares estavam no Rio de Janeiro, onde participavam da missão de segurança da reunião de líderes do G20.

Plano ‘Punhal Verde e Amarelo’
O grupo é suspeito de planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022.

Um dos planos, chamado de ‘Punhal Verde e Amarelo’ e que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, era voltado ao homicídio dos candidatos eleitos à Presidência, Lula, e Vice-Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSB). Também estavam no planejamento a prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que vinha sendo monitorado continuamente, caso o Golpe de Estado fosse consumado.

“O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um ‘Gabinete Institucional de Gestão de Crise’, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações”, informou a PF.

Os fatos investigados na Operação Contragolpe configuram, em tese, os crimes de:

– Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
– Golpe de Estado; e
Organização criminosa.

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