A Polícia Federal decidiu postergar o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a origem de objetos encontrados em dois cofres no Palácio da Alvorada, que estava agendado para esta terça-feira (30/12). A solicitação para o adiamento veio da própria corporação e foi aprovada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 18 de dezembro.
O atraso no depoimento ocorreu após Bolsonaro realizar uma cirurgia na segunda-feira (29/12) para corrigir uma hérnia inguinal bilateral. Ele está internado desde véspera de Natal no Hospital DF Star, em Brasília (DF). No sábado anterior (27/12), também foi submetido a um bloqueio anestésico no nervo frênico direito.
Esse procedimento consiste na aplicação de anestésico próximo a nervos específicos para interromper a sensação de dor. No caso de Bolsonaro, foi utilizado para suspender temporariamente a função do diafragma e controlar os soluços.
Pedido da Polícia Federal
Em documento enviado ao STF, a Polícia Federal detalhou que as declarações do ex-presidente são necessárias para a investigação iniciada após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitar apuração sobre a existência dos cofres no Palácio do Alvorada.
Conforme a corporação, os cofres foram encontrados e abertos em junho deste ano durante uma ação de investigação. Por conterem itens relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a Polícia Federal considerou essencial ouvir Bolsonaro para esclarecer a quem pertencem os objetos e qual a sua origem, embora não tenha divulgado detalhes sobre os itens localizados.

