Ter um pet em casa pode trazer muitos ganhos para as crianças, contribuindo para o seu crescimento em várias áreas.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), animais de estimação são companheiros que ajudam a desenvolver traços importantes na criança, como responsabilidade, compaixão, empatia, criatividade e capacidade de amar sem condições.
O processo inicia com o aprendizado em reconhecer a linguagem corporal do animal e aceitar que ele é um ser diferente, com sentimentos próprios.
A médica veterinária Jaqueline Galdini aconselha a família a conversar com a criança antes de receber o pet, explicando que o novo membro não é um brinquedo, mas um ser vivo que sente fome, dor e frio, e precisa de cuidados.
Além disso, a SBP destaca que crianças que têm animais de estimação se movimentam mais, o que gera estímulos ao cérebro e ajuda a formar conexões neurológicas. A interação espontânea com o pet favorece também o aperfeiçoamento das habilidades motoras da criança.
Em relação ao momento ideal para adotar um pet após o nascimento do bebê, recomenda-se aguardar até os quatro anos, idade em que a criança tem mais coordenação e entende melhor os limites da convivência com o animal.
Se houver alergia, a SBP sugere limitar o contato da criança com o pet, evitando que ele suba na cama ou receba beijos e abraços frequentes.
O Conselho Federal de Medicina Veterinária alerta que abandonar animais é crime e maus-trato. A lei 14.064/2020 aumentou as penalidades para quem maltratar cães e gatos, com penas de 2 a 5 anos de prisão, multa e proibição da guarda. Se o animal morrer, a pena pode ser maior. Essa legislação alterou a Lei 9.605/98, que prevê detenção de 3 meses a 1 ano e multa para maus-tratos.