Os contratos futuros de petróleo registraram alta pelo terceiro dia consecutivo nesta terça-feira (11), influenciados por tensões entre países e dados que mostram um mercado de trabalho mais fraco nos Estados Unidos, o que enfraqueceu o dólar. Também há expectativas sobre a oferta global.
O petróleo WTI para dezembro, negociado na Bolsa Nymex em Nova York, fechou em alta de 1,51% (US$ 0,91), cotado a US$ 61,04 por barril. Já o Brent para janeiro, negociado na Bolsa ICE de Londres, subiu 1,71% (US$ 1,10), alcançando US$ 65,16 por barril.
A commodity chegou a operar em baixa durante a madrugada, mas virou para alta pela manhã e acelerou os ganhos conforme o dólar se enfraquecia após a divulgação de números do ADP, que indicam perda de mais de 11 mil empregos no setor privado dos Estados Unidos.
Durante a tarde, o preço do petróleo continuou subindo após surgirem notícias de um novo ataque com drones da Ucrânia que atingiu a refinaria russa de Orsknefteorgsintez, uma das mais importantes unidades de processamento do país.
Com o anúncio de novas sanções dos Estados Unidos contra a Rússia, o banco Commerzbank observou que os clientes na China e na Índia ficaram mais cautelosos na compra do petróleo russo.
Apesar disso, os analistas ressaltam que a Rússia tem demonstrado nos últimos três anos que consegue encontrar meios para continuar vendendo seu petróleo no mercado mundial. Se os descontos nos preços forem altos o suficiente, é provável que novos compradores apareçam.
Além disso, a imprensa internacional indica que as exportações russas permanecem estáveis mesmo após as sanções recentes.
Ao mesmo tempo, com o aumento da produção pelo grupo Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados), o Commerzbank prevê que haverá excesso de oferta no próximo ano, o que deve manter os preços da commodity sob pressão.
