O preço do petróleo subiu pelo quinto dia consecutivo nesta terça-feira, 23, devido às contínuas tensões políticas globais, mesmo com menor movimentação no mercado antes do feriado de Natal.
O petróleo WTI para o contrato de fevereiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), teve alta de 0,64% (US$ 0,37), chegando a US$ 58,38 por barril. O Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), subiu 0,47% (US$ 0,29), chegando a US$ 61,87 por barril.
Na noite anterior, o presidente dos EUA, Donald Trump, comentou sobre a Venezuela, sugerindo que os navios petroleiros apreendidos na costa do país latino-americano poderiam ser usados para formar “reservas estratégicas” dos EUA. De acordo com o Comando Sul dos EUA (Southcom), o exército matou um suposto traficante de drogas durante uma operação contra um navio suspeito que navegava por rotas conhecidas de tráfico no oceano Pacífico oriental.
A apreensão dos navios petroleiros relacionados à Venezuela pelos EUA trouxe à tona preocupações sobre segurança energética e riscos de sanções no mercado nos últimos dias, segundo Ahmad Assiri, estrategista da Pepperstone. Por sua vez, a Ritterbusch destaca a situação entre Rússia e Ucrânia, incluindo possíveis sanções dos EUA e ataques à infraestrutura russa, como um fator importante para os preços do petróleo. “A restrição de Trump sobre navios petroleiros entrando e saindo da Venezuela tem sido destaque na mídia, mas o impacto no mercado global de petróleo permanece pequeno, na nossa visão”, afirmou a empresa.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Ryabkov, informou que Moscou e Washington têm discutido questões relacionadas à Venezuela em encontros específicos, expressando preocupações russas sobre as ações dos EUA na região.
Estadão Conteúdo

