Os preços do petróleo finalizaram a sexta-feira sem direção clara, fechando uma semana positiva para o setor, principalmente devido à atenção voltada para o conflito entre Israel e Irã. A decisão dos Estados Unidos sobre seu envolvimento no Oriente Médio foi postergada, trazendo algum alívio aos mercados, embora a possibilidade de bloqueio do Estreito de Ormuz continue preocupando e mantendo os preços sob pressão.
No mercado de Nova York, após o feriado que manteve os mercados fechados, o petróleo apresentou alta. O contrato WTI para agosto fechou com aumento de 0,46%, cotado a US$ 73,84 por barril, enquanto o Brent recuou 2,33%, encerrando a US$ 77,01 por barril. No balanço semanal, o WTI subiu 3% e o Brent 2,5%.
De acordo com a Capital Economics, o melhor cenário seria o conflito amainar nas próximas semanas, o que poderia reduzir os prêmios de risco e fazer os preços voltarem aos níveis anteriores à crise. Contudo, há o risco de uma escalada que poderia levar o barril entre US$ 130 e US$ 150.
Seyyed Ali Yazdi Khah, parlamentar iraniano, alertou que o Irã poderá bloquear o Estreito de Ormuz caso os EUA e aliados se envolvam no conflito contra o Irã.
A duração dos preços elevados dependerá da resolução do conflito. A capital sugere que um governo reformista poderia estabilizar os preços em patamares inferiores aos atuais, embora um cenário de prolongamento da crise e riscos ao transporte marítimo possa manter os preços elevados por um período prolongado.
Além disso, o número de plataformas de petróleo ativas nos EUA caiu em uma unidade na semana, totalizando 438, segundo a Baker Hughes, empresa de serviços para o setor.