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quarta-feira, 16/07/2025

Petrobras tem maioria feminina pela primeira vez na liderança

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NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS)

O conselho de administração da Petrobras escolheu nesta sexta-feira (11) a engenheira Angélica Laureano para ocupar a diretoria executiva de Transição Energética e Sustentabilidade, vaga que ficou aberta após a saída de Maurício Tolmasquim, que foi para o conselho da Eletrobras.

Com essa decisão, a diretoria da empresa agora conta com cinco mulheres – entre elas a presidente Magda Chambriard – e quatro homens. É a primeira vez na história da Petrobras que as mulheres são maioria na diretoria.

Angélica Laureano trabalha na Petrobras há 37 anos e disputou a vaga com William Nozaki, indicado por sindicatos, que chegou a ser o preferido da presidente Magda. Atualmente, Angélica é presidente da TBG (Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia-Brasil).

Além de Angélica e Magda, a diretoria da Petrobras inclui as diretoras de Exploração e Produção, Sylvia Anjos, de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Renata Baruzzi, e de Assuntos Corporativos, Clarice Coppetti.

Magda Chambriard afirmou que a empresa está comprometida em aumentar a participação feminina em todos os setores, pois acredita que a equipe fica mais saudável e produtiva com diversidade.

Ela espera que mais mulheres se inspirem a buscar cargos de liderança, especialmente em áreas como petróleo e gás, que ainda são majoritariamente ocupadas por homens.

Antes de assumir a presidência da TBG, Angélica trabalhou em várias áreas da Petrobras, como materiais, abastecimento, gás e energia, e foi presidente da Gaspetro, antiga subsidiária da Petrobras que geria participações em distribuidoras de gás natural pelo Brasil.

A diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade foi criada em abril de 2023 para centralizar os esforços da Petrobras em descarbonização e energias renováveis, incluindo a área de gás e energia que antes tinha uma diretoria própria.

Essa diretoria recebeu críticas por focar mais na redução das emissões da empresa do que no investimento em energia limpa. Houve planos para investir em energia eólica e solar, mas a empresa mudou de direção. Hoje, a estratégia renovável da Petrobras está voltada para combustíveis líquidos, com inclusão de biocombustíveis, e busca crescer na produção de etanol.

Angélica Laureano declarou que a empresa continuará investindo fortemente em projetos para reduzir a emissão de carbono, produzir combustíveis mais sustentáveis e diversificar as fontes de energia renovável. Ela reforçou o compromisso da Petrobras de zerar as emissões operacionais até 2050.

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