A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a empresa está muito perto de fechar um acordo para obter a licença de exploração na região da Foz do Amazonas. Ela destacou que o dia 12 pode ser decisivo para definir as condições e a data para a Autorização Pré-Operacional (APO). Magda comentou que já conversou diretamente com o presidente do Ibama, que está informado sobre todas as medidas e restrições operacionais apresentadas.
A empresa está oferecendo o que foi descrito como o maior e melhor plano de emergência individual já visto na indústria petrolífera em águas profundas no mundo. Apesar disso, a APO ainda não tem uma data definida.
A demora na aprovação da APO pelo Ibama para explorar o poço Morpho, localizado no bloco FZA-M-59 da Bacia da Foz do Amazonas, está causando insatisfação na Petrobras, que gasta mais de R$ 4 milhões por dia para manter a sonda ODN II disponível para operações.
Magda Chambriard compartilhou essas informações durante o evento “Energia Delas: Empoderamento Feminino nas Instituições”, promovido pela Petrobras, focado na igualdade de gênero e no papel das mulheres em cargos de liderança.
Descoberta da BP
Quando questionada sobre possíveis acordos com a British Petroleum (BP) no campo Bumerangue, no pré-sal da Bacia de Santos, Magda afirmou que qualquer decisão dependerá do real potencial da área.
A BP recentemente perfurou o poço 1-BP-13-SPS no bloco Bumerangue, localizado a 404 km do Rio de Janeiro. O poço atingiu um reservatório de carbonato de alta qualidade em profundidade, com cerca de 500 metros de hidrocarbonetos brutos e uma extensão superior a 300 km².
A BP começará a análise laboratorial para caracterizar melhor o reservatório e os fluidos descobertos, buscando mais informações sobre o potencial do bloco. As análises preliminares indicam níveis elevados de dióxido de carbono.
Magda Chambriard finalizou afirmando que estão satisfeitos com os ativos atuais, mas que as portas estão abertas para novos projetos que sejam atraentes para o Brasil.
Estadão Conteúdo