As reservas de petróleo localizadas em águas profundas representam ativos valiosos para a Petrobras, conforme afirmou nesta terça-feira, 17, a Clarice Coppetti, diretora executiva de Assuntos Corporativos da empresa. A executiva destacou a necessidade de a petroleira apostar em novas regiões de exploração para evitar a possibilidade de importação de combustíveis na próxima década e manter suas metas ambientais.
Clarice Coppetti ressaltou que as reservas em águas profundas são um diferencial importante da Petrobras, que possui expertise reconhecida mundialmente na exploração desses recursos. “Nossa capacidade em explorar petróleo em grandes profundidades é algo que várias das maiores companhias do setor admiram”, comentou.
A diretora participou do evento “Diálogos para a Construção da Estratégia Brasil 2025-2050”, promovido pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) e realizado na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), no Rio de Janeiro.
Além de reforçar a necessidade de investimentos em novos campos e poços, Clarice Coppetti frisou que essa estratégia não comprometerá o compromisso da Petrobras com a transição para uma matriz energética mais limpa. “Nosso óleo é um dos menos poluentes em comparação com os de grandes produtores globais”, explicou.
Ela alertou que, caso o Brasil não amplie suas reservas, o país poderá se tornar importador de petróleo a partir da década de 2030, o que traria riscos para a balança comercial e dificultaria o alcance das metas de redução de emissões de CO2, uma vez que o petróleo importado dificilmente terá o mesmo padrão de menor impacto ambiental que o produzido internamente.