A Petrobras anunciou a finalização da assinatura de cinco contratos importantes para a construção de unidades no Projeto Refino Boaventura, com um investimento total de R$ 9,6 bilhões. Esse projeto visa aumentar a produção de diesel S-10, querosene de aviação e lubrificantes do grupo II, que são produtos essenciais para diversas indústrias.
Como parte do projeto, serão construídas duas unidades inéditas nas refinarias da Petrobras: uma unidade de Desparafinação por Isomerização por Hidrogênio (HIDW) para a produção de lubrificantes de Grupo II, e outra de Hidrocraqueamento Catalítico (HCC), que produzirá diesel S-10 e querosene de aviação (QAV).
Segundo a empresa, o projeto vai permitir uma integração eficiente entre a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e o Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ). Isso vai aumentar a produção de derivados com maior valor agregado e baixo teor de enxofre, como o diesel S-10 e lubrificantes do Grupo II, oferecendo produtos mais sustentáveis e alinhados com a estratégia de transição energética da Petrobras.
Espera-se um aumento na produção diária de 76 mil barris de diesel S-10, 20 mil barris de querosene de aviação e 12 mil barris de lubrificantes do Grupo II, que possuem baixo teor de enxofre e melhor desempenho para usos automotivos e industriais. O pico das obras deve gerar cerca de 15 mil empregos diretos.
Navios
A Petrobras também fechou contratos para o afretamento de quatro embarcações tipo RSV (ROV Support Vessel), com valor total de R$ 10,2 bilhões. Esses navios, que serão construídos no estaleiro Navship em Navegantes (SC), devem ser entregues entre 2029 e 2030. Eles serão usados para inspeção, manutenção e instalação de sistemas submarinos utilizando veículos operados remotamente (ROVs). Essa medida visa melhorar a segurança e a eficiência operacional da companhia.
Estadão Conteúdo