Após a revogação do visto para os Estados Unidos, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, usou suas redes sociais para pedir o fim do conflito na Faixa de Gaza e solicitou ao líder dos EUA, Donald Trump, que não se associe a genocidas.
No dia 26 de setembro, o governo norte-americano anunciou a anulação do visto do presidente colombiano, alegando que Petro adotou posturas consideradas “imprudentes e provocativas” durante protestos pró-Palestina em Nova York, onde ele cumpria agenda na Assembleia Geral da ONU.
Na sua mensagem, Petro criticou os Estados Unidos por violar o direito internacional ao reprimir pontos de vista diferentes. Ele denunciou as ações de Israel em Gaza, qualificando-as como “crimes contra a humanidade”. Referindo-se a Trump, afirmou que “não se pode permitir o assassinato de bebês em Gaza”.
“Sua esposa, senhor Trump, ou suas filhas, deveriam alertá-lo que tirar a vida de bebês não é correto. Minhas filhas me ensinam isso”, escreveu. “Não se pode buscar a grandeza da América matando crianças indefesas”, complementou, fazendo alusão ao slogan de campanha do republicano, “Make America Great Again”.
Petro ressaltou que não será impedido nenhum cidadão americano de entrar na Colômbia, mas afirmou que nenhum criminoso de guerra ou contra a humanidade terá essa permissão.
Ele destacou ainda que não necessita de visto para viajar, apenas o faz quando convidado pelo povo dos EUA, e que enxerga sua nação como o coração do mundo, lar de pessoas que carregam as raízes de todos os povos.
“Quando há um crime contra a humanidade, é obrigação da humanidade agir. A Colômbia, seguindo o exemplo de Bolívar, responde firmemente: nenhum passo para trás”, concluiu.