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terça-feira, 21/10/2025

Petro pede que EUA usem dados reais sobre drogas

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, se encontrou nesta terça-feira (21/10) com o embaixador colombiano nos Estados Unidos, Daniel García-Peña, para discutir a situação nas relações bilaterais após trocas de acusações com Donald Trump. Conforme informado pelo governo colombiano, o foco do encontro foi a utilização de dados verdadeiros na luta contra as drogas na Colômbia.

Durante a longa e franca reunião, Gustavo Petro reafirmou o compromisso de seu governo com a ampliação do programa de substituição de cultivos ilegais, ressaltando sua importância para a nação. Também solicitou que os Estados Unidos baseiem suas ações em informações precisas sobre o combate às drogas no país.

O tema surgiu depois que Donald Trump chamou Petro de “líder do tráfico ilegal de drogas” e o acusou de incentivar fortemente a produção massiva de narcóticos na Colômbia. O ex-presidente americano alega que Petro não tem tomado medidas eficazes para conter o tráfico internacional de drogas, motivo pelo qual anunciou o corte de subsídios destinados à Colômbia.

No encontro, Petro ressaltou que o governo colombiana mantém uma comissão investigativa para mensurar a produção de plantações de folha de coca, matéria-prima da cocaína, e afirmou que a base de dados usada por Trump continha erros que não foram corrigidos.

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes, responsável por relatórios globais sobre produção ilícita de drogas, reconheceu essas falhas. A diplomacia colombiana reafirmou seu comprometimento em melhorar as estratégias antidrogas e declarou o desejo de manter a cooperação com os Estados Unidos nesse combate. A reunião também contou com a participação do encarregado de negócios americano na Colômbia, John McNamara.

O ministério da Defesa, liderado por Pedro Arnulfo Sánchez, divulgou dados claros que indicam que o governo atual tem sido o que mais apreendeu cocaína, com quedas consecutivas nas plantações de folhas de coca desde 2021: 43% em 2021, 13% em 2022, 9,8% em 2023 e 3% em 2024.

As tensões entre os EUA e a Colômbia aumentaram depois que Petro afirmou que autoridades americanas cometeram assassinatos e violaram a soberania colombiana em águas territoriais, referindo-se à morte de um pescador colombiano que, segundo o governo local, não tinha qualquer ligação com o narcotráfico.

Por sua vez, o governo norte-americano defende que suas operações no mar do Caribe têm o objetivo direto de combater o tráfico de drogas e afirma que todas as embarcações destruídas eram venezuelanas e transportavam drogas com destino aos Estados Unidos.

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