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quarta-feira, 24/09/2025

Petro pede na ONU abertura de processo contra Trump

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Durante seu discurso na 80ª Assembleia Geral da ONU, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, solicitou que seja iniciado um processo criminal contra Donald Trump devido às ofensivas militares dos Estados Unidos no Caribe. A fala do líder colombiano foi realizada nesta terça-feira (23/9).

De acordo com o presidente colombiano, o ex-líder norte-americano precisa ser investigado por ter ordenado operações militares dos EUA em águas da América Latina, que resultaram na morte de pelo menos 14 pessoas, conforme dados divulgados por Washington.

Desde o começo das ações no Caribe, Trump anunciou três ataques a embarcações na região, justificando os ataques como parte do combate ao tráfico internacional de drogas. No entanto, até o momento, o governo dos EUA não apresentou evidências concretas de que os barcos estavam transportando entorpecentes.

Petro questionou a política antidrogas dos Estados Unidos, alegando que ela serve como pretexto para intervenções norte-americanas em outros países.

“A política antidrogas não é realmente destinada a impedir a chegada da cocaína aos Estados Unidos”, afirmou o presidente da Colômbia em seu discurso. “Essa política busca controlar os povos do Hemisfério Sul como um todo.”

Recentemente, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR) também expressou críticas às ações militares dos EUA no Caribe, descrevendo-as como “execuções extrajudiciais” em seu relatório.

Atualmente, uma frota composta por navios de guerra dos EUA e caças F-35 está operando na região costeira do Caribe, em uma mobilização que ocorre após a ofensiva de Trump contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

O líder venezuelano, frequentemente alvo de contestação internacional, é acusado de comandar o cartel de Los Soles, recentemente considerado uma organização terrorista pelo governo dos Estados Unidos.

Na prática, a associação entre grupos ligados ao tráfico internacional de drogas e ao terrorismo tem sido utilizada como justificativa para permitir a intervenção militar dos EUA em diferentes países, sob a bandeira do combate ao terrorismo.

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