A nova pesquisa americana ajuda a entender como o corpo humano combate a covid-19
Os avanços da ciência no combate ao novo coronavírus acontecem dia após dia desde o começo de 2020. Já foram identificados anticorpos de humanos e até de lhamas que podem ser eficazes, ao menos em testes de laboratório. Agora, pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, descobriram novos anticorpos que podem neutralizar o novo coronavírus.
Na pesquisa, que teve resultados publicados na revista científica Nature, os cientistas descrevem que retiraram 61 anticorpos para o novo coronavírus de cinco pacientes que foram infectados e se recuperaram.
A neutralização do vírus Sars-CoV-2 foi considerada como potente em 19 das 61 amostras, enquanto nove tiveram combate considerado como refinado.
Os pesquisadores afirmam que possuem um conjunto de anticorpos mais potentes e diversificados do que aqueles que foram identificados em estudos anteriores.
As descobertas permitem que os cientistas avancem no conhecimento e entendendimento sobre a infecção do novo coronavírus em humanos. No entanto, o estudo de anticorpos já produzidos é diferente do esforço pela criação de vacinas, uma vez que a proposta de uma vacina é estimular o organismo a produzir, por conta própria, anticorpos contra o vírus.
O relatório mais recente da Organização Mundial da Saúde informa que existem 166 vacinas em desenvolvimento no mundo. Entre elas, 24 estão em fase de testes e cinco já na fase 3, uma das mais avançadas.
Quanto tempo dura a imunidade ao coronavírus?
Um estudo divulgado neste mês pela universidade King’s College, de Londres, indicou que os níveis de anticorpos contra o coronavírus chegam ao pico três semanas após o início dos sintomas. No entanto, a contagem de anticorpos diminui rapidamente nas semanas seguintes.
Outra pesquisa, feita com base em um vírus semelhante por pesquisadores de Singapura, informa que a proteção contra o vírus podem ser “lembrada” por anos pelo organismo humano. Um tipo de células do sistema imunológico, as células T, ainda estão ativas contra o vírus Sars (também da família coronavírus) 17 anos depois da infecção.
Apesar do avanço das pesquisas, o tempo de duração da imunidade contra o novo coronavírus permanece um mistério e apenas mais estudos sobre o tema poderão revelar por quanto tempo o corpo humano pode ficar protegido de novas infecções.