Uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest revelou que 49% das pessoas entrevistadas consideram que o governo dos Estados Unidos agiu de forma errada ao aplicar a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil. Por outro lado, 39% acham que a punição foi correta.
Apesar desse número, a pesquisa também indicou que mais da metade dos entrevistados apoia o afastamento do ministro do STF.
Quando questionados sobre a remoção de Moraes da corte, 46% disseram ser a favor, enquanto 43% se mostraram contra. Entre os evangélicos, 55% apoiam o impeachment, e 32% são contra.
Mesmo entre eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno de 2022, 22% querem a saída de Moraes, enquanto 68% são contra. Já entre os que votaram em Jair Bolsonaro, 82% apoiam a cassação do ministro, e apenas 10% discordam.
A visão sobre a justiça da punição via Magnitsky varia conforme perfil político: 49% dos evangélicos consideram justa a ação, e 37% acham injusta. Entre os eleitores de Bolsonaro, 75% veem a punição como correta e 18% como incorreta. Entre os eleitores de Lula, apenas 17% concordam com a sanção, enquanto 72% a consideram injusta.
A Lei Magnitsky foi criada nos Estados Unidos em resposta a tensões com a Rússia. O nome homenageia Sergei Magnitsky, um advogado russo que morreu em 2009 enquanto estava preso em Moscou. A lei serve para punir autoridades envolvidas em violações de direitos humanos ou corrupção, congelando seus bens e impedindo sua entrada nos EUA.
O governo do presidente Donald Trump usou essa lei para sancionar Alexandre de Moraes no fim de julho. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que Moraes teria agido como juiz e júri numa perseguição ilegal contra pessoas e empresas dos Estados Unidos e Brasil.
A pesquisa ouviu 2.004 eleitores entre os dias 13 e 17 de agosto, com margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.