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terça-feira, 16/09/2025

Pesquisa mostra 41% contra anistia e 36% a favor, incluindo Bolsonaro

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A pesquisa Genial/Quaest divulgada recentemente revela que 41% da população desaprova a anistia. Em contrapartida, 36% apoiam a concessão do benefício para todos, inclusive para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Uma parcela de 10% considera justo o perdão apenas para os manifestantes do dia 8 de janeiro e 13% não souberam ou preferiram não responder.

Segundo os dados, a Região Nordeste registra a maior porcentagem de rejeição à anistia, com 44%. Já a Região Sul apresenta o menor índice contrário, com 35%. A aceitação do benefício é menor no Nordeste (28%) e mais elevada nas regiões Sul e Centro-Oeste (42%).

O benefício é recusado principalmente pelos homens (42%) em comparação às mulheres (40%). A rejeição se mantém constante em todas as faixas etárias, aproximadamente entre 41% a 42%, e também varia pouco entre diferentes níveis de renda, entre 40% a 43%.

A questão religiosa revela maiores diferenças: 43% dos católicos são contrários à anistia, enquanto entre os evangélicos são 33%. Quanto à aprovação, 37% dos católicos e 40% dos evangélicos apoiam a medida, inclusive para Bolsonaro.

A pesquisa, realizada entre 12 e 14 de setembro, ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, por meio de questionários feitos presencialmente. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro de 2 pontos percentuais.

Em relação à filiação política, 58% dos que se declaram apoiadores do Luiz Inácio Lula da Silva (lulistas) são contra a anistia, 22% a favor incluindo Bolsonaro e 8% somente para os envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro. Entre os bolsonaristas, 19% rejeitam a anistia, 62% são favoráveis incluindo o ex-presidente, e 12% aceitam apenas para os participantes do 8 de janeiro.

Recentemente, o tema da anistia tem sido foco intenso de debates no Congresso Nacional, especialmente na Câmara dos Deputados. Parlamentares ligados a Bolsonaro defendem a aprovação de um projeto que conceda o benefício, enquanto o governo federal se posiciona contra a proposta.

O projeto em análise envolve a possibilidade de perdão político e/ou redução das penas para os acusados nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, e inclui a extinção das punições para os que participaram da tentativa de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre os beneficiados, estaria o próprio Bolsonaro, que foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em 11 de setembro, pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e outros quatro delitos.

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