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domingo, 14/09/2025

Pesquisa Datafolha: maioria rejeita anistia a Bolsonaro

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Uma pesquisa realizada pelo Datafolha, divulgada no último sábado (13/9), revela que 54% dos brasileiros são contrários a que o Congresso Nacional aprove uma anistia que poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), impedindo sua condenação por tentativa de golpe de estado e outros quatro crimes. Por outro lado, 39% apoiam a aprovação desse perdão. Cerca de 4% dos entrevistados não souberam opinar, enquanto 2% mostraram-se indiferentes.

O estudo foi conduzido entre os dias 8 e 9 de setembro, abrangendo 2025 eleitores em 113 cidades brasileiras, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Esse levantamento ocorre em meio a pressões de deputados e senadores da oposição para que a discussão sobre a anistia avance no Legislativo.

Além disso, os dados indicam que 61% dos participantes rejeitam qualquer tipo de anistia para os condenados pelos ataques antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro, enquanto 33% são a favor, 5% não sabem e 1% se declararam indiferentes.

Quanto à prisão do ex-presidente, 50% dos brasileiros apoiam a medida, 43% são contrários e 7% não souberam responder. Quando questionados sobre a possibilidade de Jair Bolsonaro ser preso, 50% acreditam que isso ocorrerá, 40% duvidam e 10% não se posicionaram.

Na última quinta-feira (11/9), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, por quatro votos a um, Jair Bolsonaro e outros sete réus na ação que apura a tentativa de golpe. Trata-se da primeira condenação histórica a um ex-presidente por tal crime, com pena estipulada em 27 anos e três meses de prisão em regime fechado, sendo a execução da pena prevista após o trânsito em julgado.

Além da tentativa de golpe, Bolsonaro foi condenado por outros quatro crimes: tentativa de supressão violenta do estado democrático de direito, participação em organização criminosa armada, dano qualificado contra o patrimônio público e degradação de patrimônio histórico.

Desde o dia 4 de agosto, o ex-presidente cumpre prisão domiciliar por determinação do ministro Moraes, em razão do descumprimento de medidas cautelares anteriores, como o uso indireto das redes sociais através de terceiros.

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