Murilo Braga, de 26 anos, foi assassinado e torturado em Santa Maria, nesta quarta-feira (17). Segundo mãe da vítima, motivo seria cobrança de celular emprestado.
A família de Murilo Braga, de 26 anos, encontrado morto com sinais de tortura no Distrito Federal, foi ao Instituto Médico Legal (IML), nesta quinta-feira (18), para reconhecimento e liberação do corpo do jovem.
“Foi uma perversidade muito grande o que fizeram com meu filho”, lamenta a mãe de Murilo, que se identificou apenas como Kátia.
O cadáver foi localizado na madrugada desta quarta-feira (17), em Santa Maria. O rapaz foi encontrado com olhos arrancados, orelhas cortadas e dentes quebrados (veja mais abaixo).
À TV Globo, a mãe afirmou que rapaz foi a um bar com amigos, na CL 212 de Santa Maria, na segunda-feira (15). Segundo a mulher, durante a madrugada, o filho emprestou o celular, que era dela, para um homem.
A mãe afirma que Murilo foi embora para casa e, só no dia seguinte, percebeu que o homem não devolveu o aparelho. Segundo ela, o rapaz resolveu ir até a casa do homem para pegar o telefone de volta.
“Eu disse: ‘Não vai não, meu filho. Ele [suspeito] usa tornozeleira eletrônica. Meu filho saiu só para morrer”, diz a mãe do jovem.
Corpo encontrado
Por volta das 4h de quarta-feira, a Polícia Militar (PMDF) foi chamada por vizinhos que escutaram uma briga, envolvendo pelo menos três pessoas, na quadra 312 de Santa Maria.
As testemunhas disseram que, logo depois dos gritos, viram um corpo enrolado em um lençol, sendo arrastado e deixado do lado de fora da casa.
O corpo era de Murilo e, dentro da casa onde os envolvidos estavam, a PM encontrou manchas de sangue. O caso é investigado pela 33ª Delegacia de Polícia, em Santa Maria. Nesta quarta, um suspeito foi ouvido mas, até a manhã desta quinta, ninguém tinha sido preso. A PCDF acredita que o crime tenha sido motivado por tráfico de drogas ou vingança. Segundo a investigação, Murilo já foi testemunha em uma denúncia de roubo, ocorrido no Gama.