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quinta-feira, 11/12/2025

Perigo de parada das correntes oceânicas acende alerta na Islândia

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O clima ameno da Islândia depende de uma importante rede de correntes no Oceano Atlântico que traz calor para a região. Sem essa circulação, o país teria um clima muito mais frio e instável.

Com o aumento das evidências de que essas correntes podem estar parando, o governo da Islândia decidiu classificar esse risco como uma ameaça à segurança nacional, iniciando uma resposta séria para se preparar para esse perigo.

“Nosso clima, economia e segurança estão ligados à estabilidade dessas correntes ao nosso redor”, afirma Jóhann Páll Jóhannsson, ministro do Meio Ambiente, Energia e Clima da Islândia.

A Circulação Meridional de Capotamento do Atlântico, chamada AMOC, é um sistema de correntes que funciona como uma esteira transportando água quente do sul para o norte, onde ela esfria, afunda e volta para o sul.

Quando questionados sobre qual risco climático lhes preocupa mais, muitos cientistas mencionam o colapso da AMOC.

Estudos mostram que a AMOC está desacelerando devido ao aumento das temperaturas globais, que afetam o equilíbrio de calor e sal na água. Embora ainda não haja consenso sobre quando ou se isso acontecerá, algumas pesquisas indicam que pode ocorrer neste século.

Um possível colapso da AMOC poderia causar mudanças climáticas extremas, como elevação do nível do mar em partes dos EUA e Europa, desestabilização das monções na Ásia e África, e invernos muito frios na Europa, com avanço do gelo marinho até o Reino Unido.

A Islândia seria uma das regiões mais afetadas, enfrentando um resfriamento forte e possivelmente cercada por gelo marinho, segundo Stefan Rahmstorf, oceanógrafo e climatologista da Universidade de Potsdam.

Essa é uma “ameaça à existência”, segundo Jóhannsson. A AMOC regula o clima do país e seu colapso poderia prejudicar infraestruturas, transportes e setores essenciais como a pesca.

Após pesquisa que levantou preocupações sérias sobre a estabilidade da AMOC, o Conselho de Segurança Nacional da Islândia classificou o risco de colapso como uma questão de segurança nacional pela primeira vez relacionada ao clima.

Essa decisão mostra a seriedade do problema e garante uma ação coordenada do governo para entender e lidar com a ameaça, afirma Jóhannsson.

Rahmstorf elogia essa atitude e acredita que outros países deveriam agir da mesma forma, já que os impactos de um colapso seriam globais, incluindo danos à agricultura e inundações graves.

Essa mudança na postura indica que a Islândia vê os riscos climáticos como um assunto de sobrevivência e segurança nacional.

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