A regulamentação das apostas esportivas online em 2023 trouxe avanços, mas ainda há um grande desafio: as empresas ilegais que atuam no mercado brasileiro, conforme discutido na Câmara dos Deputados.
Fernando Vieira, presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável, revelou que cerca de metade das companhias de apostas online funcionam ilegalmente. Ele apresentou dados de um estudo recente mostrando que o mercado legal movimenta cerca de R$ 38 bilhões, enquanto o mercado clandestino varia entre R$ 26 bilhões e R$ 40 bilhões.
Há uma preocupação significativa com a perda fiscal, estimada em R$ 10,8 bilhões ao ano, valor que o governo e a sociedade deixam de arrecadar por causa da ilegalidade.
André Wainer, coordenador de Monitoramento e Lavagem de Dinheiro da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, informou que atualmente 80 empresas têm autorização para operar. A fiscalização começou apenas após a regulamentação em 2023, com bloqueio de cerca de 17 mil sites ilegais, uma média mensal superior a 1,7 mil, além de notificações às instituições financeiras envolvidas nas transações desses sites.
Caio Vianna, deputado que propôs o debate, acredita que a melhor forma de combater essas empresas é impedindo suas operações financeiras, pois derrubar sites repetidamente não resolve, já que criminosos conseguem criar novas páginas rapidamente em diversos locais ao redor do mundo.