Julgamento político obteve apenas 46 votos favoráveis no plenário, eram necessários 52 para aprová-lo
O Congresso do Peru, controlado pela oposição de direita, rejeitou nesta terça-feira (7) levar adiante o impeachment do presidente de esquerda Pedro Castillo.
“Não foi admitida a moção” de vacância, declarou a presidente do Congresso, María del Carmen Alva, depois que o pedido de levar Castillo a julgamento político obteve apenas 46 votos favoráveis no plenário (eram necessários 52 para aprová-la), 76 contrários e quatro abstenções.
Esta foi a quinta moção de julgamento político contra um presidente peruano nos últimos quatro anos e lembra pedido similares que levaram à queda dos presidentes Pedro Pablo Kuczynski, em 2018, e Martín Vizcarra, em 2020.
Se o pedido tivesse sido admitido, o presidente teria que comparecer ao plenário em alguns dias para enfrentar as acusações e apresentar sua defesa. No entanto, era muito difícil que os opositores conseguissem então os 87 votos necessários para declarar a vacância presidencial por suposta “incapacidade moral”.Castillo, um professor rural de 52 anos que assumiu o poder há apenas quatro meses, está sob suspeita por um escândalo de suposta ingerência do governo nas promoções militares, o que deu margem ao pedido de impeachment. Por este caso, também foi convocado a depor em 14 de dezembro perante a procuradora nacional, Zoraida Ávalos.