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segunda-feira, 15/12/2025

PDVSA da Venezuela relata ataque cibernético

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A empresa estatal de petróleo da Venezuela, Petróleos de Venezuela (PDVSA), informou nesta segunda-feira (15) que sofreu um ataque cibernético visando interromper suas atividades, uma ação que, segundo a companhia, foi organizada por interesses estrangeiros em meio a tensões crescentes com os Estados Unidos após a apreensão de um navio petroleiro carregado com petróleo venezuelano.

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na semana passada a captura de um navio petroleiro na costa da Venezuela, uma medida sem precedentes na disputa entre Washington e Caracas, que classificou tal ato como uma “pirataria internacional”.

A PDVSA declarou que, graças à habilidade de sua equipe, as operações da empresa não foram interrompidas, já que o ataque atingiu apenas o sistema administrativo.

O comunicado oficial destacou que as operações continuam normalmente, com medidas de segurança reforçadas para garantir o abastecimento interno e os compromissos de exportação da empresa.

A vice-presidente e ministra de Hidrocarbonetos da Venezuela, Delcy Rodríguez, pediu aos trabalhadores do setor petrolífero que fiquem atentos a qualquer tentativa de sabotagem ou ataque cibernético.

Ela também solicitou que os funcionários aumentem a vigilância tanto na segurança física das instalações quanto nas operações cibernéticas, conforme divulgado pela PDVSA em sua mensagem no Telegram, que foi posteriormente removida.

Em comunicado, a PDVSA repudiou a ação, apontando que foi uma manobra maliciosa coordenada por interesses estrangeiros em conjunto com grupos apátridas.

O governo dos EUA mantém pressão sobre a Venezuela há vários meses, incluindo uma forte mobilização naval no Caribe e ações que resultaram em mortes relacionadas a embarcações supostamente ligadas ao tráfico de drogas.

Caracas acredita que essas ações visam derrubar o presidente Nicolás Maduro, cuja reeleição não é reconhecida por Washington.

A apreensão do navio petroleiro é um evento inédito dentro deste contexto de crise.

De acordo com os EUA, o navio transportava petróleo venezuelano e estava submetido a sanções do Departamento do Tesouro desde 2022 por supostas conexões com a Guarda Revolucionária do Irã e o grupo Hezbollah.

O petróleo é o principal recurso da Venezuela, mas está sujeito a embargo americano desde 2019, o que obriga o país a vender sua produção em mercados ilegais a preços muito baixos, especialmente para países asiáticos.

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