A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) capturou três suspeitos que faziam parte de um grupo criminoso especializado em enganar idosos com golpes financeiros. A operação, que aconteceu em São Paulo, também resultou em mandados de busca e apreensão para outros dois suspeitos.
As investigações mostram que o grupo movimentava cerca de 7 milhões de reais por ano. Originários de São Paulo, os criminosos viajavam toda semana para diferentes capitais do Brasil para aplicar seus golpes.
Como agiam e o esquema lucrativo
Segundo a equipe responsável pela investigação, eles tinham um método bem definido e muito lucrativo. Em cada cidade, arrecadavam em média 150 mil reais por temporada, o que dava cerca de 600 mil por mês.
O alvo eram os caixas eletrônicos em shoppings e supermercados. Os criminosos abordavam idosos fingindo que iriam ajudar com atualizações de chip ou resolver problemas bancários. Durante essa falsa ajuda, trocavam os cartões originais por outros inválidos e captavam senhas e informações sem que as vítimas percebessem.
Com os cartões falsos em mãos, faziam compras caras usando crédito e débito ou pagavam boletos em casas lotéricas. Esses boletos eram feitos em nome de pessoas, chamadas de “conteiros”, que emprestavam suas contas para receber os valores desviados em troca de uma comissão.
Atuação no Distrito Federal e prejuízos
No Distrito Federal, o grupo agiu em três períodos diferentes em 2025:
- 2 a 4 de abril
- 5 a 7 de maio
- 10 a 12 de junho
Foram registradas 19 ocorrências, com perdas estimadas em 500 mil reais para as vítimas.
A PCDF destacou que o grupo era bem organizado e especializado, aproveitando a vulnerabilidade de idosos para cometer os crimes.
Os três presos vão responder por associação criminosa e furto qualificado, seis vezes. Se forem condenados, podem pegar até 16 anos de prisão.