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quarta-feira, 27/08/2025

PCDF inicia operação contra grande fraude fiscal e bloqueia bens caros

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Na manhã de quarta-feira (27/08), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT/DECOR), em parceria com a Receita do DF, deu início à Operação Falso FIDC para combater um esquema de fraude fiscal envolvendo bilhões.

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de 11 imóveis, 90 carros, um helicóptero (2024) e um avião modelo King Air. Também foi bloqueado um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) com ativos superiores a R$ 95 milhões, conforme a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Segundo as investigações, o grupo criava empresas fictícias no Distrito Federal, chamadas “noteiras”, que emitiram notas fiscais falsas para duas empresas de fachada no Tocantins. Essas repassavam milhares de notas para beneficiários finais em Minas Gerais, com filiais em Goiás e Espírito Santo.

O prejuízo estimado para os cofres públicos do DF é de R$ 288 milhões, gerando várias autuações fiscais.

Como o esquema funcionava

  1. Criação de 31 empresas falsas no DF, que emitiram R$ 1,96 bilhão em notas fiscais para empresas do Tocantins.
  2. Emissão de R$ 1,22 bilhão em notas pelas empresas do Tocantins para os beneficiários finais.
  3. Lavagem de dinheiro por meio de fundos de investimento, compra de aeronaves, imóveis e empresas de fachada com nomes de laranjas.

As apurações mostraram que o grupo usava métodos sofisticados para disfarçar a origem ilegal do dinheiro, incluindo FIDCs, um haras com movimentação milionária, uma indústria fictícia de ligas metálicas que movimentou R$ 159 milhões em seis meses e empresas com participações sociais vinculadas a laranjas.

A operação contou com o apoio da Polícia Civil de Minas Gerais. O nome Falso FIDC refere-se ao uso de fundos de investimento para esconder recursos da fraude.

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