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sexta-feira, 27/06/2025




PCDF desmantela grupo que aplicava golpes com falsas promessas de financiamento em Ceilândia

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Em Brasília

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), através da 15ª Delegacia de Polícia, realizou na manhã desta quinta-feira (27/6) a Operação Falso Finan, com o propósito de desarticular uma organização criminosa que aplicava fraudes financeiras por meio de uma empresa fantasma em Ceilândia Norte. Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão no local investigado.

Cinco indivíduos foram detidos durante a operação. Um dos suspeitos foi apreendido ao tentar fugir de casa carregando uma mala com aproximadamente R$ 80 mil em dinheiro e uma arma registrada como furtada. Uma das investigadas está foragida e não foi localizada.

As apurações indicam que o grupo oferecia veículos em sites de vendas com preços muito abaixo do valor real, atraindo vítimas de estados como Goiás, São Paulo, Bahia e Piauí. Essa tática dificultava o trabalho policial ao dispersar as denúncias.

Como o golpe era aplicado:

  • Postagem de anúncios em redes sociais e plataformas de venda;
  • Contato com interessados por meio de perfis falsos;
  • Envio de vídeos e documentos para dar aparência de legitimidade;
  • Solicitação de um sinal inicial de R$ 5 mil como entrada para o financiamento;
  • Após o pagamento, a empresa alegava que o valor correspondia a uma “consultoria financeira”;
  • Os veículos não eram entregues e, na maioria dos casos, os valores não eram devolvidos.

Durante a ação, os policiais apreenderam o automóvel VW/Golf utilizado no esquema — o mesmo veículo teria sido “vendido” a pelo menos seis vítimas diferentes. Também foram recolhidos computadores, notebooks, celulares e diversos documentos para análise.

Segundo a PCDF, a empresa atuava como fachada e os suspeitos mantinham uma organização estrutural com divisão de tarefas e orientações para que os funcionários continuassem oferecendo os mesmos veículos a diferentes compradores.

Os investigados responderão por crimes de estelionato — com pena de 1 a 5 anos de prisão por vítima, aumentada em um terço por uso de meio eletrônico — e por participação em organização criminosa, com pena de 3 a 8 anos. A soma das penas pode alcançar várias décadas, de acordo com o número de vítimas confirmadas.

O nome da operação, Falso Finan, refere-se à principal artimanha utilizada no golpe: a promessa de um financiamento falso. As investigações continuam com a análise do material apreendido.




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