O crime organizado no Brasil revelou sua nova face sofisticada através de uma grande operação que chocou o país por envolver o epicentro do setor financeiro, conhecido como Faria Lima, um importante bairro comercial de São Paulo.
Os principais alvos foram fundos de investimento, fintechs e o coração financeiro paulista localizado na Avenida Faria Lima.
A investigação expôs um complexo esquema bilionário de lavagem de dinheiro, no qual o PCC (Primeiro Comando da Capital) infiltrou-se estrategicamente na economia formal.
De acordo com Ricardo Noblat, “o PCC se transformou na maior empresa do Brasil”.
Este esquema não envolvia apenas crimes isolados, mas atuava extensivamente na cadeia do mercado de combustíveis, desde a importação até a venda em postos. Fintechs e fundos de investimento eram os canais utilizados para movimentar bilhões provenientes de atividades ilegais. A operação surpreendeu as autoridades pela sua abrangência e sofisticação.
A ação das autoridades atingiu não só os líderes do esquema, mas também o patrimônio da organização, bloqueando bens, imóveis e veículos. Esta operação deixa claro que o crime organizado deve ser encarado não apenas como um problema de segurança, mas como uma ameaça real à economia nacional.
O êxito da investigação foi atribuído à colaboração entre instituições, especialmente entre a Polícia Federal e a Receita Federal.
Conforme declarou o ministro Fernando Haddad, “Esta operação é um exemplo por alcançar o topo do sistema, o andar de cima”.