27.5 C
Brasília
domingo, 24/11/2024
--Publicidade--

Payroll: EUA tem 223 mil novas vagas em dezembro, acima das expectativas

Brasília
nuvens quebradas
27.5 ° C
27.5 °
27.5 °
61 %
1.5kmh
75 %
dom
28 °
seg
23 °
ter
24 °
qua
25 °
qui
26 °

Em Brasília

Novas vagas de emprego nos EUA chegaram a 223 mil em dezembro, segundo divulgado nesta sexta-feira; ainda assim, número é o menor desde janeiro de 2021, ajudando a reduzir temores inflacionários

Wall Street: principais índices nos EUA subiram logo após a divulgação do payroll de dezembro (Leandro Fonseca/Exame)

Os Estados Unidos tiveram 223 mil novas vagas não-agrícolas em dezembro, segundo relatório de empregos urbanos do país, o chamado payroll, divulgado nesta sexta-feira, 6, pelo Departamento de Trabalho.

Com o resultado, a taxa de desemprego nos EUA foi a 3,5%, em cenário do chamado “emprego pleno”.

O número veio pouco acima das projeções dos economistas, que apostavam em 200 mil empregos no período.

Apesar de acima do esperado, o payroll de dezembro indica o menor patamar desde janeiro de 2021, quando o saldo foi de 199 mil novas vagas. No mês anterior, em novembro de 2022, haviam sido criadas 263 mil novas vagas.

O número de novas vagas é observado com atenção pelos mercados diante dos temores pela inflação americana, que bateu recordes ao longo de 2022. Um mercado de trabalho que siga altamente aquecido pode pressionar o Fed, banco central americano, a subir os juros além do previsto.

A inflação nos EUA tem desacelerado nos últimos meses, em cenário de alta de juros promovida pelo Fed. O CPI, principal índice inflacionário do país, ficou em 7,1% no acumulado de 12 meses até novembro, no último dado divulgado (o número completo para 2022 será conhecido também nos próximos dias).

No primeiro semestre de 2022, porém, a inflação americana chegou a bater a casa dos 9%, a maior inflação em 40 anos.

Por que a inflação dos EUA bateu recorde

A alta ocorreu em meio à crise energética global e alta nos preços de energia e combustíveis com a guerra na Ucrânia, gerando pressão inflacionária pelo lado da oferta. Antes disso, a pandemia da covid-19 e choques na cadeia de suprimentos também impactaram a oferta em alguns bens.

Além disso, no caso dos EUA, o mercado de trabalho aquecido e em cenário de pleno emprego também passou a ser observado com cautela pela via da demanda. Um dos riscos no caso de economias desenvolvidas, como EUA e União Europeia (que também vive inflação recorde) é que os reajustes deste ano, buscando compensar a alta inflação, carreguem para os meses seguintes parte dos aumentos do ano passado.

Neste cenário, bancos centrais pelo mundo tem subido juros, que antes estavam quase zerados.

Nos EUA, o Fed levou a taxa de juros americana a 4,25% e 4,5% – o nível mais alto desde 2007. A última alta ocorreu em dezembro, mas novos aumentos são previstos para este ano, ainda que menores. A atual projeção do Fed é de juros em 5,1% em 2023.

--Publicidade--

Veja Também

- Publicidade -