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sexta-feira, 05/12/2025

Paulo Pimenta defende Lulinha na CPMI do INSS e chama acusações de levianas

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O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) respondeu com firmeza às críticas dirigidas a Fábio Luís Lula da Silva, mais conhecido como Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realizada nesta quinta-feira (4/12). Em entrevista ao Metrópoles, o parlamentar considerou “leviana” a imputação de acusações infundadas.

“É leviano tratar como verdade uma acusação sem evidências, sem qualquer documento ou prova, baseada apenas na palavra de um inimigo de um investigado que enfrenta denúncias policiais por roubo de veículos e equipamentos”, declarou.

Escândalo no INSS

O caso envolvendo o INSS foi divulgado pelo Metrópoles em uma série de reportagens iniciadas em dezembro de 2023. Três meses depois, foi revelado que a arrecadação das entidades por descontos nas mensalidades de aposentados chegou a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto essas associações enfrentavam milhares de processos por fraudes na filiação de segurados.

Estas reportagens resultaram na instauração de inquérito pela Polícia Federal e auxiliaram as investigações da Controladoria-Geral da União. Ao todo, 38 reportagens foram listadas pela PF para a Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril, que levou às demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Acusações e reação na CPMI

Durante a sessão da CPMI, oposicionistas acusaram Lulinha de receber R$ 300 mil mensais do esquema criminoso. Paulo Pimenta repudiou essas alegações e anunciou intenção de processar os responsáveis pelos ataques.

O deputado também destacou que membros da família do presidente já foram alvo de acusações similares no passado, “todas desmentidas e falsas”.

“Não é a primeira vez que familiares enfrentam esse tipo de acusação — empresários donos da JBS, Oi, Ferrari de Ouro, propriedades no Pará — todas comprovadamente falsas. São notícias falsas. O suposto acusador será acionado judicialmente por crime civil e criminal”, afirmou.

Convocações rejeitadas

Um requerimento para convocar Lulinha a prestar esclarecimentos na CPMI foi apresentado pelo deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) e incluído na pauta pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG). A solicitação alegava ligações do filho do presidente com operadores do esquema de descontos ilegais investigado.

No entanto, o pedido de convocação foi rejeitado, assim como outros pedidos para ouvir o ministro chefe da AGU e indicado ao STF, Jorge Messias, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e os CEOs dos bancos Santander, C6 e PicPay. A decisão teve o suporte da base governista.

O pedido citava movimentações financeiras relacionadas à empresa ADS Soluções — apontada como peça central no esquema — ao coordenador nacional de Tecnologia da Informação do PT, Ricardo Bimbo, e ao contador de Lulinha, João Muniz Leite. Destacava pagamentos feitos a Leite durante o período em que a ADS transferiu valores para a Datacore, empresa ligada a Bimbo.

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