A entrada do ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, no PSD nesta segunda-feira (15) chamou atenção devido a algumas ausências. O presidente regional do partido e ex-vice-governador, Paulo Octávio, não esteve presente no evento, que teve a participação do líder nacional do PSD, Gilberto Kassab.
Recentemente, Paulo Octávio inseriu seu filho, André Kubistchek, na gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB), onde André passou a comandar a Secretaria da Juventude, criada para fortalecer o apoio ao governo.
A chegada de Arruda ao PSD gerou um dilema para Paulo Octávio, que recentemente declarou apoio à pré-candidatura de Celina Leão para o Governo do Distrito Federal e a Ibaneis para o Senado nas próximas eleições.
União Progressista
A solução para o impasse pode estar em Celina Leão, atual presidente regional do Partido Progressistas (PP). Ela deverá assumir a presidência da federação União Progressista, formada pelo PP e União Brasil no Distrito Federal. Isso pode abrir espaço para que Paulo Octávio assuma a liderança do PP.
“Isso está em negociação e deve se concretizar em breve”, afirmou Celina.
Paulo Octávio e André atualmente estão fora de Brasília, e a decisão sobre essa mudança será tomada em janeiro, quando eles retornarem.
André Kubistchek
Se essa transição acontecer, novos desafios surgirão, especialmente com os pré-candidatos do partido de Celina Leão. O PP conta com vários nomes fortes para disputar uma vaga na Câmara Legislativa, entre eles os distritais Pepa e Daniel de Castro, além dos ex-deputados Rôney Nemer e Rodrigo Delmasso, atual presidente do Instituto Brasília Ambiental e secretário da Família, e também Luiz Eduardo Estevão.
Para evitar conflitos, André pode ser transferido para o União Brasil, que, embora federado com o PP, terá pelo menos 12 vagas nas próximas eleições, com destaque para o deputado distrital Eduardo Pedrosa.
“A prioridade de Paulo é cuidar de André”, comentou uma fonte. Se essa mudança for confirmada, Paulo Octávio liderará um partido forte, capaz de eleger entre três e cinco distritais. O grupo terá uma boa posição junto ao governo, já que Celina Leão deve assumir o comando em abril, quando o governador Ibaneis se desincompatibilizar, contando ainda com um bom fundo eleitoral para a disputa tanto na Câmara Legislativa quanto em cargos no Congresso Nacional.

