O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) declarou nesta quinta-feira (18/9) que não havia possibilidade de apresentar uma anistia “geral e irrestrita” na Câmara dos Deputados. Ele foi escolhido pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para ser o relator do Projeto de Lei (PL) 2.162/2023, que trata da anistia relacionada aos eventos do dia 8 de janeiro.
Paulinho da Força se encontrou com o presidente da Casa na manhã de hoje na Residência Oficial da Câmara e logo após conversou com a imprensa.
O deputado explicou que a anistia irrestrita não era viável. Por isso, o projeto base considerado foi o do Marcelo Crivella, que representa um meio-termo, diferente do texto proposto pelo Sóstenes Cavalcante. A proposta contou com aprovação de alguns segmentos, mas enfrentou resistência do PT e de grupos da esquerda, que não concordaram com a versão final votada.
“Agora, minha função é buscar um equilíbrio, dialogar com todos os envolvidos para que possamos chegar a um texto que seja satisfatório para a maioria”, afirmou Paulinho da Força.
Na quarta-feira (17/9), a Câmara dos Deputados aprovou a urgência para o PL da Anistia. O projeto oferece perdão para manifestantes presentes em eventos desde o segundo turno das eleições, em 30 de outubro de 2022, mas até o momento exclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete indivíduos condenados por tentativa de golpe.
Mais informações serão divulgadas em breve.