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quinta-feira, 11/12/2025

Partidos com ministérios de Lula votam contra cassação de Zambelli

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Quatro partidos com ministros no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votaram contra a cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Na madrugada desta quinta-feira (11/12), o plenário da Câmara registrou 227 votos a favor e 170 contrários – sendo necessário ao menos 257 votos para cassar o mandato — e a parlamentar bolsonarista foi mantida no cargo.

Os partidos Republicanos, PSD, MDB e PP deram 58 votos contrários à cassação, representando 34% do total de votos que impediram que a deputada perdesse o mandato.

Faltando apenas 30 votos para atingir o mínimo requerido para a cassação, as divergências dentro dos partidos aliados ao governo poderiam ter alterado o resultado da votação na Câmara.

O Republicanos, representado pelo ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), apresentou um empate, com 17 votos contrários e 17 favoráveis à cassação.

O PSD, com os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e André de Paula (Pesca e Aquicultura), deu 16 votos contrários e 11 favoráveis.

O MDB, com os ministros Jader Barbalho Filho (Cidades), Simone Tebet (Planejamento) e Renan Filho (Transportes), contribuiu com 12 votos contra e 15 a favor da cassação.

O PP, liderado pelo ministro André Fufuca (Esportes), votou com 13 contrários e 24 favoráveis. Apesar do rompimento do PP, presidido pelo senador Ciro Nogueira, com o governo Lula, Fufuca manteve sua posição no ministério.

Todos os deputados dos partidos de esquerda e centro-esquerda aliados ao governo Lula presentes votaram pela cassação de Carla Zambelli, totalizando 119 votos favoráveis.

O União Brasil, que recentemente se desligou da base governista, computou 22 votos contrários e 21 favoráveis à cassação.

Cassação recomendada pela CCJ

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou o parecer recomendando a cassação da deputada Carla Zambelli na quarta-feira (10/12), porém o plenário não obteve votos suficientes para efetivar a perda do mandato.

Zambelli está detida na Itália, onde aguarda o processo de extradição para o Brasil, e está impedida de disputar eleições devido a duas condenações que somam 15 anos e 3 meses de prisão.

Uma das condenações, aplicada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é pelo envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em conluio com o hacker Walter Delgatti, envolvendo a inserção de documentos falsos, incluindo um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes.

A outra condenação é por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, devido a um episódio em que Zambelli perseguiu, armada, um apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na véspera do segundo turno das eleições de 2022.

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