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segunda-feira, 29/09/2025




Partido pró-União Europeia ganha eleição importante na Moldávia

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O Partido Ação e Solidariedade (PAS), apoiado pela presidente da Moldávia, Maia Sandu, que defende a integração com a União Europeia, conquistou a maioria das cadeiras na eleição parlamentar realizada no domingo (28/9).

Com mais de 99,5% dos votos computados, o PAS, que está no governo desde 2021, recebeu aproximadamente 50% dos votos, à frente da aliança pró-Rússia Bloco Patriótico, que obteve pouco mais de 24%.

O terceiro lugar ficou com o Movimento Alternativo Nacional (MAS), liderado por Ion Ceban, presidente da Câmara de Chisinau, que pediu voto contra o PAS, somando cerca de 8% dos votos.

O PAS deve manter a maioria absoluta no Parlamento, conseguindo 55 dos 101 assentos, apesar de ter perdido parte dos assentos que detinha anteriormente (63).

Igor Dodon, ex-presidente e líder do Bloco Patriótico, chamou para uma manifestação na capital, Chisinau, logo após a votação, e afirmou que a oposição teria vencido, mesmo antes da apuração estar concluída.

Rumo à Europa

A eleição teve importância decisiva para o futuro da Moldávia, um país pobre e agrícola situado entre a Romênia e a Ucrânia, em que a população está dividida entre caminhar para uma ligação com o regime russo de Vladimir Putin ou com a União Europeia.

A Moldávia, que tem 2,4 milhões de habitantes, busca integrar a União Europeia desde 2022. Em um referendo realizado em 2024, a maioria pequena apoiou a adesão.

“Nossa esperança é continuar o caminho europeu”, afirmou Maia Sandu à AFP antes da confirmação dos resultados. “A outra alternativa é impensável, não aceito nem imaginar um retorno ao passado.”

Foi Sandu que liderou os esforços para aproximar a Moldávia da UE após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, buscando a entrada no bloco europeu. Agora, com uma maioria parlamentar pró-europeia, pretende promover reformas.

Sandu acusou a Rússia de tentar interferir na eleição por meio de compra de votos, ataques cibernéticos e desinformação com o objetivo de favorecer interesses de Moscou. Além disso, fatores como a difícil situação econômica e o ceticismo dos eleitores mais velhos em relação à adesão à UE influenciaram o processo.

Por outro lado, Moscou alegou que as forças pró-Rússia foram excluídas da eleição. Na região separatista da Transnístria, fortemente apoiada pela Rússia, algumas pessoas não puderam votar devido ao fechamento de uma ponte após uma ameaça de bomba.

Importância da Diáspora

O comparecimento às urnas foi de 51,9%, ligeiramente maior que os 48% da eleição anterior em 2021.

A Moldávia conta com cerca de 1,2 milhão de cidadãos vivendo no exterior, em países europeus como Romênia, Itália, França, Alemanha, Portugal e Espanha, que tradicionalmente apoiam a União Europeia. O governo relatou alta participação do voto da diáspora nesta eleição.

Com a maioria no Parlamento garantida pelo PAS, o país está mais próximo do seu objetivo de se integrar à UE até 2030. Para formar governo, Maia Sandu precisará indicar um primeiro-ministro que obtenha aprovação parlamentar.




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