O Partido Ação e Solidariedade (PAS), conhecido por sua sigla pró-União Europeia e apoiado pela presidente da Moldávia, Maia Sandu, está liderando a contagem dos votos na eleição parlamentar realizada no domingo (28/9) para escolher o novo parlamento do país.
Com quase 90% das urnas apuradas até o momento, o PAS, que governa desde 2021, contabilizava 45,7% dos votos, enquanto a aliança eleitoral pró-Rússia, o Bloco dos Patriotas, tinha 27,2%. Estes números devem ser confirmados até segunda-feira (29/9).
A Moldávia, país vizinho da Ucrânia, está diante de uma votação crucial que poderá definir se continuará na direção de maior aproximação com a União Europeia ou se enfrentará barreiras para sua adesão ao bloco, considerando também a influência da Rússia sob o regime de Vladimir Putin.
Maia Sandu expressou confiança no futuro europeu do país: “Nossa esperança é que continuaremos no caminho da Europa. Rejeito sequer imaginar um retrocesso ao passado.” Ela liderou esforços para aproximar a Moldávia da UE desde a invasão russa na Ucrânia em 2022, buscando a adesão do país ao bloco.
A campanha eleitoral foi marcada por denúncias de compra de votos e disseminação de notícias falsas que favoreceriam interesses de Moscou, além do descontentamento do eleitorado com a situação econômica e dúvidas sobre o processo de integração europeia.
A participação dos eleitores foi de 51,9%, ligeiramente inferior ao pleito anterior de 2021 (52,3%). Caso o PAS mantenha a maioria parlamentar, a Moldávia estará mais próxima da meta de ingressar na UE até 2030. Se não, será possível tentar formar coalizões com outros partidos pró-União, embora essa hipótese seja mais complicada segundo especialistas.
Para formar governo, Maia Sandu precisará nomear um primeiro-ministro aprovado pelo parlamento.